O texto discute a experiência de um paciente com o sistema de saúde pública de Goiânia, especialmente em relação ao atendimento oferecido pelo Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores (Imas). Durante uma consulta a um médico urologista, o paciente, identificado como Sinésio, relata insatisfação com a falta de atenção e profissionalismo do profissional, que não realizou um exame clínico adequado, levando-o a pagar por uma consulta particular em busca de um diagnóstico mais confiável. Essa situação reflete a crise de gestão na saúde pública da cidade, onde a falta de recursos e o descaso com a qualidade do atendimento têm gerado graves consequências para os cidadãos.
Além disso, o texto faz uma comparação com a atuação de outro médico, Charles Guimarães Damasceno, discípulo de Celmo Celeno Porto, que exemplifica um modelo de medicina humanitária. Durante um plantão de 24 horas, o médico demonstrou empatia e dedicação ao atender rapidamente um amigo do narrador que havia se machucado, mostrando um compromisso genuíno com o bem-estar de seus pacientes. Esse contraste entre a indiferença de um profissional e a preocupação de outro destaca os desafios da medicina e da gestão pública de saúde em um cenário de crise.
Por fim, o autor reflete sobre a importância de médicos que escolhem a profissão por vocação e por um verdadeiro desejo de ajudar as pessoas, em contraste com os que, segundo ele, tratam a medicina de forma desinteressada e impessoal. A crítica à atual gestão da saúde pública e a defesa de um atendimento mais humanizado servem como um alerta sobre as deficiências no sistema de saúde e a necessidade de um olhar mais atento às questões sociais e profissionais que envolvem o cuidado com a população.