O Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) anunciou, na segunda-feira (17), a paralisação dos atendimentos realizados por médicos e odontólogos credenciados ao Ipasgo Saúde, que começaria às 7h de terça-feira (18) e teria duração de 48 horas, até o dia 20 de fevereiro. Durante esse período, apenas os serviços de urgência e emergência serão mantidos. A interrupção ocorre devido a uma crise no pagamento dos honorários, que estão sem processamento adequado desde agosto de 2023, gerando insatisfação entre os prestadores de serviços.
Em resposta, o Ipasgo Saúde afirmou que a paralisação foi surpresa e que não houve comunicação formal do Sindicato para tratar das reivindicações, o que violaria regras contratuais. A instituição também negou a alegação de falta de pagamento e informou que, desde setembro de 2024, repassou cerca de R$1 bilhão aos prestadores, com um pagamento de R$18,2 milhões entre 31 de janeiro e 14 de fevereiro de 2025. O Ipasgo solicitou que qualquer pendência fosse formalmente comunicada para que fosse apurada.
O Sindicato dos Médicos se reuniu em uma assembleia on-line no mesmo dia da paralisação para discutir as próximas ações. A greve foi decidida após tentativas de diálogo, mas sem respostas satisfatórias por parte da gestão do Ipasgo. A paralisação evidencia a crescente tensão entre médicos e o plano de saúde em relação aos atrasos nos pagamentos e a falta de uma resolução clara para a situação.