Alicia Dudy Muller Veiga, estudante de medicina pela USP, obteve seu registro como médica em dezembro do ano anterior, apesar de uma condenação por desvio de quase R$ 1 milhão relacionado à organização de sua festa de formatura. A defesa de Alicia argumenta que ela cumpriu todos os requisitos legais estabelecidos pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), enquanto o processo criminal contra ela segue em andamento. De acordo com o Cremesp, a concessão do registro foi realizada conforme as normas, já que a USP emitiu seu diploma sem restrições.
Alicia foi condenada em julho do ano passado por estelionato, depois que foi revelado que ela havia transferido valores do fundo da festa para suas contas pessoais, utilizando-os para despesas pessoais. A ação foi identificada como um crime financeiro, com penalidades que podem somar até 36 anos de prisão. Em janeiro de 2023, ela alegou ter sido vítima de um golpe, afirmando que parte do montante desviado foi investido em uma corretora.
Após a investigação, a empresa responsável pela organização da festa de formatura comprometeu-se a cobrir o prejuízo de R$ 920 mil, assegurando que o evento fosse realizado sem custos adicionais para os formandos. Enquanto o caso segue no âmbito judicial, o Conselho Federal de Medicina (CFM) declarou que, caso sejam identificadas irregularidades no exercício da profissão, o Cremesp será responsável por conduzir a investigação.