Martinho da Vila, ícone do samba e da música brasileira, completou 87 anos em 12 de fevereiro de 2025. Natural de Duas Barras, no interior do Rio de Janeiro, Martinho iniciou sua trajetória artística ainda na década de 1960, quando se destacou no Festival da Música Popular Brasileira. Seu primeiro grande sucesso foi “Casa de Bamba”, lançado em 1969, e desde então ele se tornou um dos mais importantes compositores e intérpretes do samba. Ao longo de sua carreira, produziu discos como “Canta Canta, Minha Gente” (1974) e “Tá Delícia, Tá Gostoso” (1995), tornando-se um nome reconhecido nacionalmente e, em 1995, o primeiro sambista a vender um milhão de cópias de um álbum.
Além de sua carreira musical, Martinho da Vila também desempenhou um papel significativo no Carnaval carioca, sendo presidente de honra da escola de samba Unidos de Vila Isabel. Seu envolvimento com a escola resultou na criação de enredos históricos, como o de 1988, “Kizomba: A Festa da Raça”, que garantiu à agremiação seu primeiro título no Grupo Especial. A relação com a escola se perpetuou ao longo dos anos, com Martinho sendo homenageado em 2022 e com a reedição de um de seus sambas em 2024.
Martinho da Vila é um artista multifacetado, que também se dedicou à escrita e ao estudo da cultura popular. Lançou diversos livros, incluindo obras infantis, romances e biografias, e se destacou pelo seu engajamento político e social. Em 1991, teve um encontro marcante com Nelson Mandela e sempre se posicionou em defesa da população negra e contra o racismo. Além disso, em 2017, aos 79 anos, ingressou na faculdade de Relações Internacionais, ampliando sua busca por conhecimento e aprofundando sua conexão com questões sociais e culturais.