As marismas em Bogotá, capital da Colômbia, são consideradas sagradas pelos povos indígenas, oferecem habitats vitais para a vida selvagem e têm um papel fundamental na adaptação da cidade às mudanças climáticas. No entanto, após séculos de desenvolvimento e expansão urbana, esses ecossistemas estão próximos do colapso. A degradação das marismas coloca em risco não apenas a biodiversidade local, mas também a capacidade da cidade de se adaptar a eventos climáticos extremos.
No início do ano passado, Bogotá enfrentou uma seca prolongada, o que resultou em níveis historicamente baixos de água nos reservatórios e levou as autoridades colombianas a impor racionamento de água. Meses depois, chuvas intensas causaram inundações generalizadas, submergindo ruas, deixando veículos ilhados e interrompendo o tráfego. Essas situações expuseram a vulnerabilidade da cidade frente a fenômenos climáticos, como o El Niño e a crise ambiental global.
Os moradores de bairros construídos sobre áreas de pântano, como Suba Rincón, sofreram com os impactos duplos desses eventos extremos. Eles agora enfrentam as consequências recorrentes das inundações, que servem como um alerta para a necessidade urgente de um planejamento urbano mais sustentável. A preservação das marismas e a mitigação dos impactos das mudanças climáticas são questões cruciais para garantir um futuro mais resiliente para Bogotá.