Em 2025, Marília atingiu a marca de 1.071 casos confirmados de dengue em menos de 40 dias, se tornando a cidade com o maior número de infecções no centro-oeste paulista. O município também registrou a primeira morte pela doença na região neste ano. Outros municípios próximos, como Ibitinga, Bauru, Cândido Mota e Lins, enfrentam aumento significativo de casos, com destaque para Lins, que já soma duas mortes. O avanço da epidemia gerou a implantação de medidas de contenção, como um polo de hidratação para reduzir o fluxo de pacientes nos prontos-socorros.
De acordo com o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), os principais criadouros do mosquito transmissor da dengue estão em objetos domésticos com água parada, como ralos, baldes, regadores e bebedouros de animais. As autoridades locais têm intensificado as visitas domiciliares para eliminar esses focos e conscientizar a população sobre a importância da prevenção. A enfermeira da Divisão de Zoonoses de Marília destacou que muitos focos, como os ralos, podem passar despercebidos pelos moradores, mas são facilmente identificados pelos agentes.
Além das ações de conscientização e eliminação de criadouros, Marília adotou uma nova tecnologia no combate ao mosquito. A cidade recebeu 3.000 Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs), que utilizam a fêmea do mosquito como aliada na propagação de larvicida. Essas armadilhas permitem que os mosquitos contaminem outros criadouros com larvicida, matando as formas imaturas do inseto e ajudando a controlar a infestação. A colaboração da população é fundamental para o sucesso das medidas preventivas e no combate ao aumento de casos da doença.