O senador Marcos do Val (Podemos-ES) anunciou neste sábado (1º) a retirada de sua candidatura à presidência do Senado. A decisão foi comunicada após seu discurso na tribuna, onde se declarou como a maior vítima de perseguição política no país. Durante a fala, ele criticou medidas do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e afirmou que enfrentava censura e violações de direitos, como o bloqueio de suas redes sociais e salários, além da suspensão de seus passaportes civil e diplomático.
Em seu pronunciamento, Do Val destacou o que considerou ser uma perseguição política histórica, com a conivência da Mesa do Senado. Ele também mencionou uma multa de R$ 50 mil imposta por Moraes e expôs uma série de ações que considera abusivas contra ele. A sua candidatura se deu no contexto de uma eleição para a presidência do Senado, disputada por outros nomes como Davi Alcolumbre, Marcos Pontes e Eduardo Girão, com a retirada também da senadora Soraya Thronicke.
O senador é alvo de investigações que apuram possíveis crimes relacionados à obstrução de investigações e incitação ao crime. A Polícia Federal conduz um inquérito sob sigilo, que envolve também ataques a autoridades e outros alvos. A retirada de sua candidatura aconteceu antes da votação oficial para o cargo, marcada por um cenário de tensões políticas e críticas às ações do Supremo Tribunal Federal.