Pesquisa revela que, no mercado de trabalho, 84% das pessoas com deficiência não ocupam posições de liderança. O estudo, realizado por uma parceria entre a Talento Incluir, Instituto Locomotiva, Pacto Global e iO Diversidade, mostra que apenas 12% dessas pessoas estão em cargos de média liderança, como gerentes e coordenadores, enquanto apenas 2% chegam a posições de alta liderança, como diretores e presidentes. A pesquisa também aponta que, embora muitos trabalhadores com deficiência tenham mais de três anos de empresa, 63% nunca receberam uma promoção.
O levantamento evidencia que a percepção predominante é de que a condição de deficiência ou neurodivergência impacta negativamente na empregabilidade, apesar de não afetar a execução do trabalho. A legislação brasileira exige que empresas com 100 ou mais empregados reservem vagas para pessoas com deficiência, mas a pesquisa mostra que 8 em cada 10 dessas pessoas se sentiram prejudicadas no mercado de trabalho devido à sua condição.
Para melhorar a inclusão, especialistas sugerem que as empresas devem ir além do simples cumprimento das cotas obrigatórias e investir em programas de valorização e desenvolvimento das habilidades dos funcionários com deficiência. A grande maioria das pessoas entrevistadas (98%) acredita que, além de garantir a representatividade, as empresas precisam assegurar que essas pessoas sejam de fato incluídas e valorizadas no ambiente corporativo.