O acidente aéreo ocorrido em Vinhedo (SP) em 2024, o maior no Brasil nos últimos 17 anos, matou 62 pessoas e completou seis meses sem a conclusão das investigações. A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que o voo da Voepass seguia sem anormalidades até que, de repente, a aeronave perdeu comunicação com a torre de controle e não declarou emergência. Relatório preliminar do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) indicou que a tripulação havia relatado uma falha no sistema antigelo, mas não foi possível confirmar, através das caixas-pretas, se isso impactou o desempenho da aeronave.
Após o acidente, a Voepass se comprometeu a colaborar com as investigações e reafirmou que a segurança de seus passageiros e tripulação é prioridade. A empresa também se responsabilizou por recolher os pertences das vítimas, realizar a descontaminação do local e indenizar as famílias afetadas. Em resposta à crise, a Voepass iniciou um processo de reestruturação financeira para garantir a sustentabilidade das operações, mas as mudanças, como demissões de diretores e a redução de algumas rotas, não afetaram o funcionamento diário da companhia, que segue com 11 aeronaves e mais de 16 destinos no Brasil.
A tragédia de Vinhedo também gerou repercussões legais, com a Justiça determinando que a Voepass e outra companhia envolvida no caso paguem pensões às famílias de algumas vítimas. Enquanto isso, o Cenipa continua a análise das causas do acidente, com especial atenção ao sistema antigelo da aeronave. A expectativa é que o relatório final seja divulgado em breve, uma vez que as investigações avançam com a finalidade de evitar novos acidentes semelhantes.