Neste longa-metragem animado, parte da franquia Witcher, criada pelo escritor polonês Andrzej Sapkowski, o protagonista Geralt, um mago com habilidades especiais, chega a um reino costeiro onde humanos e seres marinhos, conhecidos como merfolk, estão em um intenso conflito. Os humanos estão destruindo bancos de ostras em busca de pérolas, o que prejudica os recursos alimentares dos animais marinhos que os merfolk consideram seus aliados. A história se desenrola em um cenário medieval e explora temas como a exploração de recursos naturais e o impacto disso sobre as culturas e ecossistemas locais.
Geralt, acompanhado de seu amigo Jaskier, um bardo engraçado e medroso, acaba se envolvendo não só nas disputas entre humanos e merfolk, mas também em um romance proibido entre uma princesa mermaid e um príncipe humano, que evoca o espírito de clássicas histórias de amor trágico, como “Romeu e Julieta” e “A Pequena Sereia”. Embora o enredo principal explore essas relações, também há referências sutis a questões contemporâneas, incluindo um subtexto que pode ser interpretado como uma metáfora para temas de identidade de gênero, comuns em produções voltadas para o público jovem.
O longa se insere dentro do universo maior da franquia Witcher, cujos elementos de fantasia, magia e conflitos pessoais são bem conhecidos pelos fãs dos livros, jogos e séries de TV. A obra traz à tona uma reflexão sobre questões ecológicas, políticas e sociais, além de explorar a dinâmica entre os humanos e as criaturas místicas do mundo criado por Sapkowski. No entanto, seu enfoque no romance e no dilema entre as espécies, junto com uma crítica velada à exploração desenfreada, oferece uma abordagem mais acessível e voltada para o público mais jovem.