Isabel Streski, mãe de Antonio Augusto Streski Manjinski, desaparecido desde outubro de 2022, não obteve respostas das autoridades sobre o paradeiro do filho, que sumiu enquanto cursava Medicina no Paraguai. Diante da falta de apoio policial e oficial, ela decidiu mudar-se para o país vizinho e conduzir suas próprias investigações. Isabel criou uma associação de apoio a famílias de desaparecidos e, com a experiência adquirida, já ajudou a localizar outras 83 pessoas, enquanto continua incansavelmente na busca pelo filho.
O jovem, que tinha 25 anos na época do desaparecimento, estava no último ano da faculdade em Mariano Roque Alonso, região metropolitana de Assunção, onde morava desde 2016. Apesar das hipóteses levantadas por Isabel sobre um possível crime, as investigações não avançaram, e ela segue sem pistas concretas. O Ministério Público do Paraguai e o Itamaraty chegaram a se envolver no caso, mas não obtiveram progresso significativo. A Polícia Civil do Paraná também não pôde atuar sem um pedido das autoridades brasileiras.
Além de sua luta pessoal, Isabel compartilha sua dor com outras mães que passam por situações semelhantes. Ela fundou uma associação no Paraguai que apoia famílias de desaparecidos, orientando-as sobre os procedimentos legais e oferecendo o apoio que ela própria não teve no início de sua jornada. O desaparecimento de seu filho trouxe um grande trauma à sua vida e à de sua família, afetando até mesmo sua relação com o filho mais novo, que hoje mora com ela no Paraguai.