Dois aviões com imigrantes venezuelanos deportados dos Estados Unidos estão a caminho da Venezuela, sendo recebidos como parte do Plano de Retorno à Pátria, conforme anunciado pelo presidente Nicolás Maduro. Esta ação marca a primeira deportação de venezuelanos desde um acordo firmado entre o governo de Donald Trump e a administração de Maduro. Os voos, operados pela companhia aérea estatal Conviasa, fazem parte de um esforço maior para repatriar milhares de migrantes que fugiram da Venezuela devido à crise econômica e às sanções internacionais.
O governo venezuelano afirma que as deportações incluem pessoas que podem ter se envolvido em atividades ilegais, como a associação com grupos criminosos, e que essas situações serão devidamente investigadas. A repatriação ocorre no contexto de um acordo bilateral em que os EUA se comprometem a repatriar imigrantes ilegais e, em contrapartida, o governo venezuelano aceita receber esses deportados, contribuindo para a resolução do problema migratório entre os dois países.
Além disso, o governo dos Estados Unidos está avaliando a revogação de um status de proteção temporária para cerca de 348.000 venezuelanos que vivem no país. Em meio a essa situação, mais de 7 milhões de venezuelanos deixaram o país nos últimos anos, exacerbados pela grave crise social e econômica. Embora a situação política e diplomática entre os dois países continue tensa, o acordo de deportação representa uma tentativa de aliviar a crise migratória e reduzir as tensões envolvendo a diáspora venezuelana.
