Em uma conversa telefônica, os presidentes Emmanuel Macron, da França, e Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, concordaram sobre a necessidade de iniciar negociações de paz na Ucrânia que incluam a participação de todas as partes envolvidas no conflito, incluindo a Rússia. Essa mudança de postura ocorre após um período em que os europeus, até então, focavam suas conversas apenas com o lado ucraniano. Lula reafirmou o compromisso do Brasil com a promoção da paz e a defesa da democracia, destacando a importância de uma solução que envolva todos os lados no processo de negociação.
O presidente francês também compartilhou sua visão pelas redes sociais, enfatizando que a paz na Ucrânia só pode ser alcançada por meio de discussões diretas entre a Rússia e a Ucrânia. A mudança de atitude por parte dos europeus se dá em um contexto global mais amplo, com outros esforços de mediação envolvendo potências como os Estados Unidos, que buscaram dialogar diretamente com a Rússia, excluindo a Europa de algumas negociações.
Essa abordagem mais inclusiva nas negociações reflete uma estratégia defendida pelo governo brasileiro, que desde o início indicou que a solução para o conflito não poderia ser alcançada sem o envolvimento da Rússia. Anteriormente, iniciativas como a de Lula de não participar de uma conferência de paz na Suíça, por conta da exclusão da Rússia, destacam o compromisso do Brasil com uma negociação abrangente e com a busca por um cessar-fogo duradouro no conflito.