A Lyft anunciou uma previsão de crescimento mais modesto para o primeiro trimestre de 2025, com um aumento nas reservas brutas entre 10% e 14%, alcançando entre US$ 4,05 bilhões e US$ 4,20 bilhões, abaixo da expectativa do mercado, que era de US$ 4,24 bilhões. Esse recuo é atribuído à guerra de preços com a Uber e ao impacto de uma queda nos preços das viagens desde o quarto trimestre de 2024, além de viagens menores feitas pelos usuários após os feriados. A empresa também alertou para possíveis impactos adicionais de um dígito nas reservas brutas, caso o cenário atual se mantenha.
A diminuição das parcerias também afeta a projeção da Lyft, especialmente a recente quebra de sua colaboração exclusiva com a Delta Air Lines, que firmou novo acordo com a Uber. Isso pode resultar em uma queda de 1% a 2% nas reservas brutas da empresa a partir do segundo trimestre de 2025. Apesar disso, a Lyft apresentou bons resultados no quarto trimestre de 2024, com aumento de 15% nas reservas brutas, atingindo US$ 4,3 bilhões, e crescimento de 10% no número de passageiros ativos, totalizando 24,6 milhões. A empresa também registrou lucro líquido de US$ 61,7 milhões, revertendo perdas em comparação com o mesmo período de 2023.
Além disso, a Lyft anunciou um plano de recompra de ações no valor de US$ 500 milhões, embora sem fornecer um cronograma específico. A empresa ainda confirmou seu investimento no futuro dos táxis autônomos, com o lançamento de cerca de 1.000 robotáxis em Dallas, previsto para 2026. A inovação terá apoio financeiro da empresa japonesa Marubeni, marcando um novo passo para a Lyft em sua tentativa de se diferenciar no mercado de mobilidade.