Nos primeiros dois anos de seu terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva priorizou encontros com líderes governistas e figuras-chave do Congresso, como os ex-presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, além da presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Ao todo, Lula se reuniu com 104 congressistas, representando 17,5% dos parlamentares, sendo os líderes do Governo no Congresso os mais frequentes em sua agenda. Jaques Wagner, José Guimarães e Randolfe Rodrigues foram alguns dos petistas com maior número de encontros, consolidando a relação direta com o governo nas casas legislativas.
No entanto, o presidente tem enfrentado dificuldades em manter uma articulação mais ampla com o Legislativo. A relação com congressistas fora da base governista tem se mostrado mais isolada, o que reflete em um acesso mais restrito ao presidente. Essa situação tem gerado críticas, com parlamentares apontando que a falta de proximidade com o chefe do Executivo pode prejudicar a governabilidade, principalmente à medida que se aproximam as eleições de 2026.
Apesar das dificuldades, Lula deve manter seu estilo de governo, que já havia sido adotado em mandatos anteriores, sem grandes mudanças em sua forma de se relacionar com o Congresso. As expectativas para o futuro incluem uma possível melhoria na articulação política, conforme o governo e o Legislativo tentam encontrar maneiras de facilitar o diálogo e o acesso ao presidente nos próximos anos.