A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caiu, conforme revelou a pesquisa Datafolha divulgada em 14 de fevereiro de 2025. A queda foi registrada em diferentes segmentos sociais e regiões, incluindo uma diminuição significativa entre os mais pobres e nas áreas do Nordeste, onde Lula teve grande apoio nas eleições de 2022. Entre os principais motivos apontados por especialistas estão a desaceleração da economia, a inflação persistente, especialmente nos alimentos e combustíveis, e o descompasso entre as expectativas políticas e a realidade econômica do país.
Especialistas sugerem que a polarização política também desempenha um papel importante nessa queda de popularidade. O sociólogo Lejeune Mirhan acredita que, apesar da baixa popularidade, Lula pode se recuperar, mencionando que a politização crescente da sociedade brasileira e a composição ministerial visando ampliar a base no Congresso não garantem apoio automático, resultando em um cenário político mais dividido. Ele acredita que as dificuldades econômicas também afetam a percepção pública sobre o governo, embora a economia brasileira tenha mostrado avanços, como a queda do desemprego.
O economista Filipe Ferreira destacou que o baixo crescimento do PIB e a inflação continuam a afetar o poder de compra da população, o que contribui para o descontentamento com o governo. A oposição, por sua vez, vê essa queda como uma oportunidade, considerando que as chances de Lula ser derrotado em 2026 aumentam caso o governo não implemente políticas eficazes para melhorar a economia e restaurar sua popularidade. Para reverter esse cenário, especialistas indicam a necessidade de investimentos em infraestrutura e programas que promovam o crescimento sustentável e a geração de empregos.