O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou seu apoio à exploração de petróleo na Bacia da Foz do Rio Amazonas, destacando a importância da realização de pesquisas na região antes de qualquer decisão sobre a extração. Em uma entrevista à Rádio Diário FM, ele pediu a liberação do licenciamento ambiental para que a Petrobras possa realizar os estudos necessários, argumentando que não se trata de uma decisão de exploração imediata, mas de uma necessidade de entender o potencial da área.
A Petrobras planeja estudar a viabilidade da produção de petróleo a cerca de 175 km da costa do Amapá, mas o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) negou o pedido de licença em 2023, citando preocupações com a segurança e os riscos ambientais. Em resposta, a empresa apresentou um novo plano de emergências, que inclui a construção de uma base mais próxima da área de exploração, com previsão de inauguração para março de 2025. Apesar dessas medidas, o Ibama continua cauteloso quanto aos impactos ambientais da operação.
A posição de Lula gerou reações, com críticas de organizações que defendem a independência do Ibama e a preservação ambiental. A Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialistas em Meio Ambiente expressou preocupação com pressões políticas que possam interferir nas decisões técnicas do órgão. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também reafirmou a autonomia do Ibama, destacando que as decisões sobre licenciamento devem ser baseadas em critérios técnicos, não em influências políticas.