O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (13), que ninguém no Brasil tem mais responsabilidade climática que ele e que, por isso, não fará “loucura ambiental”, referindo-se à exploração de petróleo na Margem Equatorial, no Amapá. Lula destacou que seu sonho é o fim do uso de combustíveis fósseis, mas que esse objetivo está distante e que é necessário estudar as riquezas localizadas a grandes profundidades, como as reservas de petróleo na região.
Segundo o presidente, a realização de estudos para avaliar a viabilidade da extração de petróleo não pode ser proibida, e é fundamental conhecer o potencial econômico da área. Ele afirmou que, apesar de seu compromisso com a preservação ambiental, o país não pode negligenciar o aproveitamento de recursos naturais estratégicos. Além disso, defendeu que o trabalho na região seja feito com responsabilidade, sem comprometer a preservação.
A Margem Equatorial, rica em petróleo e gás natural, é um alvo de grandes empresas do setor energético e depende de autorização do Ibama para a realização de perfurações. As declarações de Lula sobre a falta de autorização para estudos na bacia da Foz do Amazonas geraram controvérsia, especialmente entre servidores do Ibama, que criticaram a pressão política e alegaram contradições com os compromissos climáticos do país, que sediará a COP30 em novembro.