O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou os preços elevados dos combustíveis, mas omitiu a reoneração dos tributos federais sobre a gasolina e o etanol implementada em março de 2023. A medida restaurou o PIS/Cofins sobre os combustíveis, com a alíquota da gasolina passando de R$ 0,00 para R$ 0,47 por litro. Lula acusou os intermediários da cadeia de produção de combustíveis de praticarem preços elevados, enquanto a política de preços da Petrobras, que passou a ser ajustada no governo Lula, também foi citada como responsável pelos aumentos.
Em janeiro de 2024, o governo Lula retomou a cobrança do imposto federal sobre o óleo diesel, com aumento da alíquota para R$ 0,35. Essa reoneração, que afetou os preços de todos os principais combustíveis, foi criticada por setores do governo. A renúncia fiscal feita durante o governo Bolsonaro visava reduzir os preços dos combustíveis, mas gerou impactos fiscais significativos, com a arrecadação perdida em 2023 chegando a R$ 33,25 bilhões. Em 2024, a redução na arrecadação foi de R$ 2,0 bilhões.
Lula já havia criticado o ex-presidente Jair Bolsonaro e a política de preços da Petrobras, sugerindo que o governo poderia ter resolvido a questão com uma simples decisão administrativa. A atual política de preços da Petrobras, que visa “abrasileirar” os valores dos combustíveis, também foi mencionada, mas a valorização do dólar em relação ao real e as críticas sobre a defasagem dos preços continuam a ser pontos de debate. A estratégia da Petrobras de vender combustíveis abaixo do preço de paridade de importação tem sido vista como uma tentativa de mitigar os impactos no bolso dos consumidores.