O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, durante um evento do Plano Nacional de Alimentação Escolar, que políticas públicas construídas ao longo de 20 ou 30 anos podem ser destruídas rapidamente por decisões erradas em um curto período, sem citar diretamente seu antecessor. Ele criticou a descontinuidade de políticas educacionais e enfatizou que a educação deve ser vista como investimento, não como gasto. Lula também fez uma comparação entre a criação de políticas públicas e a facilidade com que elas podem ser desfeitas, mencionando que um “aloprado” pode destruir em quatro anos o que foi feito em décadas.
O presidente também se posicionou contra a ideia de que o investimento em educação e alimentação escolar represente um custo elevado, destacando que os R$ 5,5 bilhões destinados à alimentação para 40 milhões de estudantes são, na realidade, um valor baixo para garantir a segurança alimentar. Lula mencionou que a fome compromete a capacidade de aprendizagem das crianças e afirmou que o Brasil não pode se tornar um país de desinformação e fake news, criticando também aqueles que priorizam a liberação de armas em detrimento de investimentos em educação.
Durante o evento, o governo de Lula reduziu o limite de gastos com alimentos ultraprocessados na merenda escolar de 20% para 15%, e o presidente fez críticas aos produtos enlatados, especialmente os importados dos Estados Unidos. Lula ressaltou a importância de se pensar em uma alimentação saudável, que envolva pequenos produtores, e afirmou que o modelo atual de consumo de alimentos ultraprocessados está prejudicando a saúde das pessoas, com impactos como o aumento da obesidade.