Os recentes ataques de Luiz Inácio Lula da Silva a seu antecessor, Jair Bolsonaro, indicam que a corrida presidencial de 2026 já está em curso, com o presidente atual se afastando da tentativa de conquistar os eleitores do ex-presidente. Lula aposta na polarização, destacando a diferença entre seus apoiadores e os de Bolsonaro. Embora tenha liderado as pesquisas de intenção de votos para 2026, ele não consegue recuperar os votos que pertenciam a Bolsonaro, os quais se dividem entre outros candidatos da direita, dada a inelegibilidade do ex-presidente.
No cenário político atual, observam-se movimentações estratégicas por parte de partidos como o PSD, que, através de declarações como as de Gilberto Kassab, busca se posicionar para as próximas eleições e fortalecer sua base de apoio. Ao mesmo tempo, opositores de Lula intensificam a pressão por uma possível anistia a envolvidos nos eventos de janeiro, uma questão que vem ganhando destaque no Congresso, especialmente com o fortalecimento do Centrão.
Lula, em seu discurso recente, enfatizou a dificuldade de reconstruir o que foi destruído por um governo adversário, fazendo um contraste entre a construção de políticas a longo prazo e a destruição rápida de conquistas. Em uma entrevista subsequente, ele reiterou que não acredita em uma anistia para aqueles que participaram de atos golpistas, mantendo sua posição firme contra qualquer tipo de perdão. O presidente parece estar focado em consolidar uma base política própria, sem depender da recuperação do eleitorado bolsonarista.