O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está considerando incluir a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) no Ministério da Ciência e Tecnologia, como parte de uma possível reforma ministerial que pode ser anunciada após o Carnaval. A proposta, defendida por ministros como Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Fernando Haddad (Fazenda), visa fortalecer laços do petista com o Ibama, especialmente pela proximidade de Tabata com o atual presidente do órgão, Rodrigo Agostinho, que é suplente da deputada.
A troca geraria uma vaga no Congresso, permitindo a ascensão de Agostinho ao cargo, mas deixaria a presidência do Ibama em aberto. O governo ainda não iniciou conversas formais com a deputada, e uma decisão final sobre a reforma está longe de ser tomada. Caso Tabata assuma o ministério, a atual titular, Luciana Santos (PC do B), precisaria ser transferida para outro cargo, possivelmente o Ministério das Mulheres, ou até mesmo sair do governo.
Além disso, o presidente Lula está considerando a nomeação de Márcio Macêdo (PT) para a presidência do Ibama, o que poderia facilitar a liberação de pesquisas de exploração de petróleo na região da Margem Equatorial. Lula tem pressionado o órgão ambiental a autorizar as pesquisas da Petrobras, argumentando que o Ibama não pode se posicionar contra as iniciativas do governo, apesar de ser uma instituição estatal independente. A região, que se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá, possui grande potencial de exploração de petróleo, mas a operação enfrenta obstáculos devido à negativa de licenças ambientais desde 2024.