O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) culpou o ICMS, imposto estadual, e as empresas pela alta nos preços dos combustíveis. Durante uma declaração na segunda-feira (17), ele afirmou que a população brasileira não possui informações suficientes para compreender a formação dos preços e acaba sendo prejudicada pelos intermediários na cadeia de distribuição. Atualmente, o preço médio da gasolina é de R$ 6,37 por litro, com mais da metade desse valor sendo repassado para a Petrobras e os estados. A Petrobras representa 34,7% do valor pago, enquanto o ICMS tem uma fatia de 23,1%.
Além disso, o ICMS foi reajustado em fevereiro de 2025, o que contribui para o aumento do preço final nos postos de combustíveis. O presidente sugeriu que a Petrobras deveria adotar medidas para reduzir os preços, como vender diretamente aos consumidores. No caso do diesel, a estrutura de preços é semelhante, com a Petrobras representando quase metade do valor, seguida pelos custos de distribuição e o ICMS. O imposto federal, por sua vez, representa uma parcela menor.
O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro) respondeu às declarações de Lula, destacando que os postos de combustíveis são obrigados a adquirir os produtos do setor de distribuição, que é responsável por repassar os custos, impostos e variações de preços. O sindicato defendeu que os postos não são responsáveis pela formação do preço final, sendo apenas o último elo da cadeia de distribuição.