O lipedema é uma condição que afeta cerca de 10% das mulheres em todo o mundo, caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura em áreas específicas do corpo, como pernas e coxas, e, às vezes, nos braços. A doença é frequentemente confundida com obesidade ou linfedema, mas possui características distintas, como dor, sensibilidade ao toque e hematomas espontâneos. Embora a causa exata do lipedema seja desconhecida, acredita-se que fatores genéticos e hormonais desempenham um papel, já que a condição tende a se agravar com variações hormonais, como na puberdade, gravidez e menopausa.
O diagnóstico do lipedema é principalmente clínico, sendo fundamental procurar um especialista para confirmação. Não existe cura para a doença, mas tratamentos podem aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida das pacientes. A adoção de um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada e atividades físicas, além do uso de meias de compressão e drenagem linfática, são recomendados. Em casos mais graves, a lipoaspiração pode ser considerada, mas apenas após tentativas de tratamentos conservadores. A abordagem deve ser sempre multidisciplinar, levando em conta também o aspecto psicológico das pacientes.
O lipedema foi reconhecido oficialmente como doença em 2022, quando foi incluído na Classificação Internacional de Doenças (CID) pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Apesar disso, o aumento da conscientização sobre a condição também trouxe a proliferacão de diagnósticos incorretos e promessas de tratamentos milagrosos. É essencial, portanto, que as pacientes busquem orientação profissional para evitar confusões e garantir o tratamento adequado para o controle dos sintomas e a melhora da qualidade de vida.