Durante a Cúpula Mundial dos Governos em Dubai, o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Abul Gheit, expressou a posição de rejeição dos países árabes à proposta de deslocar os palestinos de Gaza e da Cisjordânia, ressaltando que tal ideia é inaceitável para a região. Segundo Abul Gheit, o deslocamento forçado dos palestinos é uma questão histórica e política que o mundo árabe tem combatido por mais de 100 anos. Ele criticou a sugestão do presidente dos Estados Unidos, que visa realocar os habitantes de Gaza para países vizinhos, como Egito e Jordânia, e apontou que essa proposta encontra resistência tanto na região quanto entre outras nações globais, incluindo o Brasil, a China e países europeus.
A proposta de Trump também foi abordada por outros líderes internacionais, como o presidente egípcio, que se comprometeu a apresentar um plano para a reconstrução de Gaza, enfatizando a importância de garantir que a população palestina permaneça em sua terra natal. A oposição a essa ideia também foi manifestada pelo monarca jordaniano, Abdullah II, que, além de rejeitar a realocação dos palestinos, ofereceu ao presidente dos Estados Unidos a acolhida de 2.000 crianças palestinas em tratamento médico no país. A situação de Gaza, devastada pelo conflito entre Israel e o Hamas, segue sendo uma das questões centrais do debate internacional sobre os direitos dos palestinos e a estabilidade regional.
Essa resistência global à proposta de Trump reflete a continuidade da luta dos povos árabes contra a ideia de deslocamento forçado, uma questão que, segundo Abul Gheit, não será aceita de forma alguma. A posição dos governos da região, em conjunto com a oposição de outros atores internacionais, reflete a complexidade do conflito e a necessidade de uma solução política que respeite os direitos dos palestinos.