O líder do MDB na Câmara dos Deputados, Isnaldo Bulhões, defendeu que os ministros de áreas chave, como a Casa Civil e a Secretaria de Comunicação, tenham uma relação pessoal com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Bulhões argumentou que esses cargos, localizados no Palácio do Planalto, devem ser ocupados por pessoas de confiança do presidente, sem necessariamente considerar a filiação partidária. Ele destacou que a nomeação para essas funções não deve depender de questões relacionadas à coalizão política, mas sim da decisão individual do presidente.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de nomes de fora do Partido dos Trabalhadores (PT) ou de partidos de centro assumirem cargos como o da Secretaria de Relações Institucionais, Bulhões respondeu que o foco não deve ser no alinhamento partidário, mas sim na eficácia da articulação do governo com o Congresso. A atual gestão dessa secretaria está a cargo do deputado federal Alexandre Padilha, do PT, mas Bulhões acredita que mudanças ministeriais, caso ocorram, devem se basear na eficiência do governo e não na identidade partidária dos ocupantes.
Padilha, por sua vez, declarou recentemente estar satisfeito no cargo que ocupa e mencionou que, embora esteja seguro em sua função, cabe ao presidente Lula decidir sobre quaisquer mudanças. A ideia de uma possível reforma ministerial ainda está sendo avaliada por Lula, que pode buscar aprimorar a articulação política, sem se prender à questão da filiação partidária de quem ocupa os cargos no Planalto.