O governo libanês declarou que considerará qualquer presença remanescente de tropas israelenses em seu território como uma ocupação e que usará os meios necessários para garantir sua retirada. A declaração foi feita por um porta-voz da Presidência libanesa no dia 18 de fevereiro, data limite para o cumprimento da trégua mediada pelos Estados Unidos no ano anterior. O acordo de cessar-fogo, que interrompeu a guerra com o Hezbollah, estipulava um prazo de 60 dias para a retirada das tropas israelenses do sul do Líbano, onde estavam envolvidas em uma ofensiva terrestre contra combatentes do grupo.
Embora o prazo tenha sido estendido até o dia 18 de fevereiro, havia previsões de que Israel manteria algumas de suas tropas em partes da fronteira libanesa. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, confirmou que as tropas permaneceriam em cinco postos para proteger as comunidades israelenses do norte, especialmente após os ataques com foguetes do Hezbollah. Esse movimento ocorre no contexto de um conflito contínuo, que também inclui a guerra em Gaza, resultando no deslocamento de dezenas de milhares de pessoas em ambos os países.
A trégua também incluiu a retirada das forças do Hezbollah e a entrada de soldados libaneses para garantir a segurança na região. De acordo com os termos, apenas as forças militares e de segurança oficiais do Líbano podem portar armas, e o governo libanês deve impedir o fornecimento de armamentos para grupos não estatais. Essa medida busca estabilizar a área e evitar a escalada de violência, mas a situação segue sendo volátil devido à complexidade do conflito regional.