A proibição do uso de celulares nas escolas de São Paulo, sancionada pelo governo estadual em dezembro de 2024 e nacionalizada em janeiro de 2025, trouxe mudanças significativas para a rotina dos estudantes. Antes da medida, os jovens passavam grande parte do tempo conectados aos aparelhos, inclusive durante as aulas e intervalos, o que gerava distrações no ambiente escolar. O programa “Profissão Repórter” acompanhou a adaptação dos alunos à nova legislação, destacando como a medida foi implementada e as reações de estudantes e professores.
Nos primeiros dias após a entrada em vigor da lei, a resistência à mudança foi notável. Alguns alunos ainda tentavam levar os celulares para a escola, enquanto outros se mostraram apreensivos com as consequências do descumprimento. No entanto, à medida que o tempo passou, muitos estudantes começaram a se adaptar à nova rotina, substituindo o uso do celular por outras atividades durante o intervalo, como jogos de cartas e conversas. Essa mudança, embora desafiadora, foi gradualmente aceita, com alunos como Gustavo, que inicialmente não conseguia ficar sem o celular, reconhecendo que a adaptação foi possível.
A medida visa mitigar os impactos negativos do uso excessivo de tecnologia no desenvolvimento acadêmico e na saúde mental dos jovens. Estudos indicam que a dependência de aparelhos eletrônicos pode prejudicar o aprendizado, o desenvolvimento cognitivo e as habilidades socioemocionais. Especialistas em saúde mental destacam que o uso constante de celulares interfere no sono, na concentração e na capacidade de lidar com tarefas acadêmicas. A aprovação da lei é vista como uma tentativa de melhorar o ambiente escolar e promover um uso mais equilibrado da tecnologia.