A recente popularidade de duas raças de cães, o cavapoo e o American XL bully, durante a pandemia, reflete mudanças significativas na relação dos britânicos com os animais. Ambas as raças ganharam destaque, mas, em grande parte, devido à reprodução descontrolada e à priorização de características estéticas em detrimento da saúde e temperamento dos animais. A popularidade de cães como o cavapoo, que é mimado com cuidados como “puppuccinos” e passeios a bares, contrasta fortemente com a demonização do American XL bully, que, por sua vez, tem sido associado a comportamentos agressivos, embora muitas vezes de forma exagerada.
No entanto, o texto aponta que a legislação atual sobre esses cães não aborda adequadamente as causas profundas dos problemas comportamentais. A regulamentação, em vez de buscar soluções eficazes para controlar e educar a posse responsável de cães, pode acabar aumentando os riscos, devido a uma abordagem simplista e excessivamente punitiva. A ênfase na aparência, tanto no caso de raças populares quanto em raças demonizadas, tem levado à criação de animais com sérios problemas de saúde e comportamento.
A solução para os desafios enfrentados não está apenas na legislação, mas na mudança de atitudes dos proprietários. O foco deve ser na educação e na melhoria do comportamento humano, promovendo uma posse mais responsável e consciente. O verdadeiro desafio, portanto, não reside apenas em controlar as raças, mas em criar uma cultura de respeito e responsabilidade em relação aos animais de estimação.