A Rússia informou que seus contatos com a equipe do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estão se intensificando, destacando a apreciação das declarações de Trump sobre a relação entre o Ocidente e a Ucrânia. Segundo Moscou, o ex-presidente reconheceu que a tentativa de integrar a Ucrânia à Otan foi um erro, uma crítica compartilhada pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov. Durante uma coletiva, Trump declarou que a expansão da Otan para a Ucrânia foi uma grande falha e que isso contribuiu para a atual crise.
Apesar de Trump ter prometido uma abordagem para encerrar a guerra na Ucrânia, ele ainda não especificou publicamente suas estratégias. Em um discurso, o ex-presidente mencionou que a guerra na Ucrânia representa um “banho de sangue”, e que, embora tenha havido boas conversas sobre o tema, não revelou detalhes sobre suas propostas. Em contraste, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, indicou estar disposto a dialogar com o presidente russo, Vladimir Putin, em busca de uma solução pacífica para o conflito, o que foi interpretado positivamente pelos mercados financeiros.
A Otan, que desde 2008 abriu a possibilidade de adesão da Ucrânia, continua sendo um ponto de tensão. A Rússia considera a aproximação da Ucrânia à aliança como uma ameaça direta à sua segurança, justificando, entre outros fatores, a invasão do território ucraniano em 2022. Por outro lado, a Ucrânia argumenta que precisa de apoio ocidental, seja por meio de adesão à Otan ou de garantias de segurança, para se proteger de futuras agressões russas. A discussão sobre a expansão da Otan continua a ser um ponto crucial nas negociações internacionais envolvendo a Ucrânia e a Rússia.