O Tribunal de Justiça de São Paulo ordenou a penhora de 19 imóveis registrados em nome de um ex-político, como parte de uma ação judicial que visa a devolução de R$ 417 milhões aos cofres públicos. A condenação, que teve início em 1993 e foi confirmada em 2007, é decorrente de desvios de recursos públicos na época em que o réu exercia cargos públicos. Apesar da decisão, a defesa do ex-mandatário anunciou que recorrerá.
Além da penhora de bens, uma decisão recente da Justiça suíça determinou a repatriação de R$ 80 milhões bloqueados em contas ligadas ao ex-político, quantia que foi utilizada para comprar ações de empresas de sua família. O processo envolve uma ação internacional de cooperação jurídica promovida por entidades brasileiras, incluindo a Advocacia Geral da União, o Ministério Público Federal e o Ministério da Justiça. A decisão da Suprema Corte da Suíça é considerada definitiva.
Em um desenvolvimento paralelo, a Justiça paulista também determinou que a Prefeitura de São Paulo recuperasse cerca de US$ 44 milhões desviados durante sua gestão. O Ministério Público de São Paulo identificou que os desvios ocorreram nas obras de infraestrutura entre os anos de 1993 e 1998, com um montante total estimado em até US$ 300 milhões. Até o momento, aproximadamente US$ 110 milhões foram recuperados, e a promotoria segue atuando para reaver mais recursos desviados.