A Justiça Federal da Argentina iniciou uma investigação para apurar se o presidente do país cometeu algum crime ao promover uma criptomoeda que colapsou logo após seu lançamento. Advogados entraram com uma queixa-crime, e uma juíza foi designada para centralizar as denúncias, que incluem acusações de associação criminosa, fraude e violação dos deveres de funcionário público. O caso gerou uma crise política no governo, com a oposição exigindo um julgamento político do presidente, que nega qualquer irregularidade e prometeu realizar uma investigação interna.
A criptomoeda $LIBRA, promovida pelo presidente e por aliados políticos, teve uma alta exponencial após seu lançamento, mas caiu drasticamente poucas horas depois, afetando mais de 40 mil pessoas e gerando perdas superiores a US$ 4 bilhões. Parte da oposição acusa o governo de inflar artificialmente o valor do token, o que teria levado investidores a perder grandes quantias. Além disso, algumas figuras políticas e empresariais estão sendo investigadas por suposto envolvimento na criação e promoção da criptomoeda.
O impacto político do caso é significativo, com deputados opositores anunciando que irão promover um impeachment no Congresso e outros grupos pedindo uma comissão investigadora. O escândalo também provocou quedas na bolsa argentina e na cotação do peso. As investigações continuam, e a pressão política sobre o presidente aumenta à medida que mais detalhes sobre o caso vêm à tona.