A Justiça Federal da Argentina iniciou uma investigação sobre o presidente Javier Milei, após a promoção de uma criptomoeda que sofreu um colapso pouco tempo depois de seu lançamento. Advogados apresentaram queixa-crime, e um juiz e um promotor público foram designados para apurar possíveis crimes, como fraude, associação criminosa e violação dos deveres de funcionário público. A investigação está sendo conduzida pelo Juizado Federal 1, sob a responsabilidade da juíza María Servini, após uma série de denúncias envolvendo a criptomoeda $LIBRA.
A situação gerou um clima de crise política no governo de Milei, com partidos da oposição pressionando pela abertura de um julgamento político contra o presidente. O caso chamou a atenção principalmente pelo impacto financeiro, afetando milhares de investidores que sofreram perdas significativas após a desvalorização abrupta da criptomoeda. A promoção do token por figuras políticas do governo teria levado muitos a confiar no ativo, o que, segundo as denúncias, beneficiou diretamente grupos que controlavam grandes quantidades do token.
Além da investigação jurídica, o caso provocou um movimento no Congresso, onde parlamentares da oposição anunciaram a intenção de promover um processo de impeachment contra o presidente. A pressão para a instalação de uma comissão investigadora também cresceu, com a convocação de Milei para prestar esclarecimentos sendo considerada por algumas forças políticas. O caso segue em andamento, com o governo negando irregularidades e prometendo uma investigação interna.
