Um juiz federal dos Estados Unidos determinou nesta terça-feira (11) que agências de saúde federais, como o CDC e a FDA, restaurassem sites removidos devido a um decreto presidencial. A decisão foi tomada após uma ação do grupo Doctors for America, que alegou que a remoção das páginas prejudicou médicos e pesquisadores no combate a doenças. O juiz John Bates, do tribunal distrital de Washington, D.C., emitiu uma ordem para que os sites específicos identificados pelo grupo fossem restaurados até o final do dia, com prazo adicional para a recuperação de outros materiais solicitados.
Entre os conteúdos retirados estavam informações sobre saúde comportamental em jovens, dados sobre o HIV, além de páginas relacionadas à inclusão de mulheres e grupos sub-representados em testes clínicos. O grupo de ativismo médico argumentou que a remoção dessas páginas afetou a capacidade de profissionais de saúde de lidarem com questões de saúde pública. A corte determinou ainda que o governo consultasse o grupo para identificar e restaurar outros materiais necessários até o dia 14 de fevereiro.
A decisão do juiz foi motivada por relatos de médicos que enfrentaram dificuldades no acesso a recursos essenciais, como foi o caso de uma médica em Chicago, que não conseguiu acessar informações do CDC enquanto lidava com um surto de clamídia em uma escola. A Casa Branca, o CDC e a FDA não se pronunciaram imediatamente sobre o caso.