A Justiça de Goiás determinou que o Estado pague R$ 500 mil de indenização à família de um bebê que morreu afogado em 2020, após o pai ser preso erroneamente pela Polícia Militar. O incidente ocorreu em Planaltina de Goiás, quando o bebê de 1 ano ficou sozinho em casa com seus irmãos mais velhos, enquanto o pai foi detido suspeito de roubo. A morte do bebê, Miguel, foi atribuída à ação ou omissão dos agentes públicos envolvidos, uma vez que os policiais não perceberam a situação das crianças em casa.
Após a prisão do pai, que não foi reconhecido como o suspeito do roubo, ele foi liberado e soube da fatalidade ainda a caminho de sua residência. A decisão da Justiça, que foi mantida em segunda instância, reconheceu a responsabilidade do Estado pelo ocorrido. A Procuradoria Geral do Estado informou que tomará as providências necessárias para cumprir a sentença, embora a PM tenha afirmado que a investigação interna concluiu pela ausência de responsabilidade dos policiais.
O caso gerou grande comoção na família, que expressou seu sofrimento pela perda do filho. A mãe do bebê, em um desabafo, afirmou que a dor foi insuportável e que, embora nada traga Miguel de volta, a indenização ajudará a garantir um futuro melhor para os outros filhos. A decisão judicial, embora não traga justiça completa para a perda, visa amenizar os impactos da tragédia.