No sábado (1º), confrontos entre torcedores do Santa Cruz e Sport antes de uma partida no Recife resultaram em cenas de violência e vandalismo nas ruas, deixando ao menos 13 feridos. A Polícia Civil deteve 32 pessoas, das quais 13 tiveram a prisão preventiva decretada. A maioria dos envolvidos já possui antecedentes criminais por delitos graves, como homicídios e tráfico de drogas. O governo estadual tentou proibir a presença das torcidas nos próximos jogos, mas essa medida foi anulada por uma decisão judicial.
As autoridades locais adotaram novas medidas de segurança, incluindo o fechamento de setores destinados às torcidas organizadas nos jogos de fevereiro e a implementação de tecnologias de reconhecimento facial e biometria a partir de março. Além disso, multas significativas podem ser aplicadas aos clubes caso não cumpram essas determinações. A violência gerada pelas torcidas organizadas motivou discussões sobre o endurecimento das punições, com especialistas argumentando que os atos ultrapassam os limites previstos pela Lei Geral do Esporte.
A Comissão de Direito Desportivo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) tem monitorado os desdobramentos do caso e pressionado as autoridades públicas para uma atuação mais rigorosa contra os responsáveis pela violência. Embora a legislação esportiva tenha sido criada para punir delitos menores, os recentes acontecimentos indicam a necessidade de aplicação do Código Penal para lidar com as atitudes extremas registradas nas ruas do Recife.