O Tribunal Superior da Espanha declarou o ex-presidente da Federação Espanhola de Futebol culpado pelo beijo forçado que ele deu na jogadora durante a final da Copa do Mundo feminina de 2023, realizada na Austrália. A Justiça reconheceu que o ato foi realizado sem consentimento, mas decidiu não aplicar pena de prisão, impondo uma multa de cerca de 10.000 euros. Rubiales também foi absolvido da acusação de coerção que pesava sobre ele. A sentença marca o fim de um processo judicial que gerou grandes repercussões, inclusive a renúncia de Rubiales e sua proibição de atuar no futebol pela FIFA.
O caso teve início quando o ex-presidente da RFEF beijou a jogadora durante a cerimônia de premiação, gesto que gerou indignação e resultou em protestos públicos. Jenni Hermoso declarou que não se sentiu confortável com o ato, o que levou a uma série de reações tanto no cenário esportivo quanto político. A pressão culminou na sua saída do cargo, além do julgamento judicial. A promotoria havia solicitado uma pena de 18 meses de prisão para Rubiales, mas o tribunal considerou que a punição adequada seria a multa.
Outros envolvidos no processo, incluindo o ex-técnico da seleção feminina e outros ex-dirigentes da RFEF, foram absolvidos das acusações. Embora Rubiales tenha se defendido afirmando que o beijo foi consensual, a versão da jogadora prevaleceu no julgamento. O episódio gerou um intenso debate sobre consentimento e respeito no ambiente esportivo, com a FIFA também tomando medidas contra o dirigente, o que refletiu a gravidade da situação no contexto do futebol feminino global.