As escolas estaduais do Rio Grande do Sul continuam sem aulas nesta terça-feira (11) devido a uma onda de calor extremo que afeta o estado. O início do ano letivo, que estava previsto para segunda-feira (10), foi adiado após solicitação do sindicato dos professores, devido às altas temperaturas previstas e à falta de estrutura das escolas para lidar com o calor. A decisão foi tomada pela Justiça, que concedeu uma liminar para suspender o início das aulas, enquanto o governo estadual busca reverter o parecer. A capital Porto Alegre registrou recorde de calor, sendo considerada a cidade mais quente do Brasil no dia.
A situação de calor intenso é preocupante, com várias cidades do estado enfrentando temperaturas superiores a 39°C. Além disso, as condições nas escolas estaduais são desafiadoras, pois cerca de 75% delas não possuem ar-condicionado, o que agrava a situação de conforto e segurança dos alunos. O governo do estado destinou R$ 180 milhões para melhorias nas escolas e para a instalação de aparelhos de ar-condicionado, mas a infraestrutura elétrica das instituições precisa ser reformada para suportar esses novos equipamentos, o que tem sido um processo gradual.
Além das escolas estaduais, várias prefeituras também optaram por adiar o início das aulas nas redes municipais. O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) emitiu alertas para temperaturas 5ºC acima da média histórica, destacando os riscos à saúde causados pelo calor extremo. A previsão é que as condições climáticas continuem desafiadoras nos próximos dias, com possíveis temporais e chuvas em algumas regiões do estado.
