A Justiça de São Paulo autorizou o despejo coercitivo da empresa Eataly Brasil do imóvel que ocupa na Avenida Juscelino Kubitschek, em São Paulo, após a Caoa Patrimonial, proprietária do prédio, entrar com um pedido judicial por falta de pagamento de aluguéis e dívidas de IPTU. A decisão foi tomada pelo juiz da 23ª Vara Cível e confirmada pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, que determinaram a desocupação imediata do local, alegando que não existem mais entraves jurídicos que justifiquem a suspensão do despejo. A Eataly havia solicitado a suspensão da ordem de despejo durante seu processo de recuperação judicial, mas o pedido foi negado.
A Eataly, que chegou ao Brasil em 2015, passa por dificuldades financeiras após a venda de seus direitos para o fundo Wings, que não cumpriu os pagamentos acordados. O controle da operação retornou à empresa SouthRock, que também está enfrentando uma recuperação judicial desde novembro de 2023 devido a dívidas elevadas, principalmente causadas pela crise econômica e o impacto da pandemia. A empresa justifica sua recuperação judicial alegando instabilidade econômica, inflação e altas taxas de juros, que prejudicaram seus resultados financeiros.
Apesar da situação difícil, a SouthRock afirmou em comunicado que todas as suas marcas, incluindo a Eataly, continuarão operando enquanto a empresa passa pelo processo de reestruturação. A companhia está adotando medidas estratégicas, como a revisão do número de lojas e ajustes com fornecedores e colaboradores, para ajustar seu modelo de negócios à atual realidade econômica, garantindo a continuidade das operações e a geração de empregos.