O Poder Judiciário do Estado do Paraná concedeu prisão domiciliar, em caráter liminar, ao ex-carcereiro condenado pelo assassinato de um tesoureiro em Foz do Iguaçu. A decisão, dada pelo desembargador Gamaliel Seme Scaff, levou em consideração o estado de saúde do condenado, que, após o incidente, apresenta dificuldades de locomoção. Além disso, foi determinada a utilização de tornozeleira eletrônica, a proibição de viajar sem autorização judicial e a obrigação de comparecer periodicamente à Justiça. A medida, que pode ser revista, foi tomada com base nas alegações de que a prisão domiciliar não representaria risco à sociedade.
O crime ocorreu em 2022, quando o condenado invadiu uma festa de aniversário e matou a vítima a tiros. O episódio gerou grande repercussão, principalmente por envolver divergências políticas, uma vez que o autor era apoiador de um ex-presidente, enquanto a vítima era ligada a um partido de oposição. O tribunal considerou a motivação do homicídio como torpe, refletindo um contexto de hostilidade política entre os envolvidos. O julgamento, que durou três dias, resultou na condenação do réu, com agravantes de motivo fútil e perigo comum.
Após a sentença, a viúva da vítima comemorou a decisão, destacando que, apesar da perda, a Justiça foi feita. O Ministério Público informou que irá avaliar a decisão liminar do desembargador para tomar as medidas cabíveis. A condenação do réu e a argumentação sobre a motivação política do homicídio marcaram o desfecho de um processo jurídico que acompanhou a transição do caso de Foz do Iguaçu para Curitiba.