A Justiça do Paraná decidiu, nesta sexta-feira (14), conceder prisão domiciliar ao ex-policial penal condenado pelo assassinato de um guarda municipal durante um confronto político em 2022. O réu havia sido condenado a 20 anos de prisão no Tribunal do Júri de Curitiba, mas, após o julgamento, sua defesa entrou com um habeas corpus, argumentando que o condenado apresenta problemas de saúde e deve cumprir a pena em casa, com monitoramento eletrônico. O Tribunal de Justiça acatou os argumentos da defesa, levando em conta o histórico de lesões sofridas pelo réu, incluindo ferimentos durante o crime.
O caso remonta a julho de 2022, quando ocorreu uma troca de tiros em Foz do Iguaçu, durante uma festa temática de apoio a um partido político. O condenado teria provocado discussões ao tocar músicas que exaltavam o então presidente, gerando um confronto que resultou na morte de uma das pessoas envolvidas. Durante o episódio, o réu também foi ferido e necessitou de tratamento médico. Após sua recuperação, ele foi preso e denunciado pelo Ministério Público por homicídio qualificado, com as qualificadoras de motivo fútil e produção de perigo.
A decisão da Justiça sobre a prisão domiciliar foi tomada com base em pareceres médicos e no fato de que o réu foi agredido e ferido durante o crime. A medida de prisão domiciliar foi imposta juntamente com o uso de tornozeleira eletrônica, garantindo assim um monitoramento durante o cumprimento da pena.