A Justiça argentina iniciou um processo contra o ex-presidente, que foi formalmente acusado de agressões físicas e psicológicas contra sua ex-companheira. As acusações incluem lesões leves e graves, com agravantes relacionados à violência de gênero, abuso de autoridade e ameaças. Caso seja condenado, ele pode enfrentar uma pena de 3 a 18 anos de prisão. Além disso, o juiz responsável pela decisão determinou o bloqueio de bens do ex-mandatário e a imposição de restrições, como a proibição de deixar o país sem aviso prévio.
A denúncia surgiu durante uma investigação paralela sobre corrupção em sua gestão, quando foram encontradas evidências de abuso físico em fotos de sua ex-companheira, que apresentava hematomas visíveis. Inicialmente, ela relutou em formalizar a acusação, mas decidiu registrar o caso após ser procurada pela Justiça. O juiz apontou que o comportamento do ex-presidente configurava um padrão de controle, humilhação e manipulação, destacando a dependência financeira como uma ferramenta de abuso.
Em sua defesa, o ex-presidente negou as acusações e sugeriu que as provas encontradas foram manipuladas. Ele também argumentou que sua ex-companheira tinha comportamento agressivo quando consumia álcool e que ele apenas se defendia. No entanto, o juiz rejeitou essa justificativa, enfatizando que as evidências são suficientes para que o caso prossiga, considerando o histórico de abusos e o contexto de controle psicológico.