A Justiça de São Paulo aceitou as acusações do Ministério Público contra três policiais militares, incluindo um major, um capitão e um cabo, envolvidos em mortes com indícios de execução durante a Operação Verão 2023/2024. As denúncias foram apresentadas em dezembro de 2024, mas os casos ocorreram em fevereiro do mesmo ano. A Operação Verão, considerada uma das mais letais da história da polícia paulista, resultou em 56 mortes e foi marcada pelo aumento da letalidade policial, o que gerou denúncias e críticas, incluindo uma à Organização dos Estados Americanos (OEA).
Entre os casos investigados, destaca-se a morte de Luan dos Santos, morto durante uma perseguição policial na cidade de Santos. O Ministério Público alega que o policial envolvido agiu sem justificativa adequada e ocultou informações sobre o ocorrido. Outra acusação envolve os policiais Nielson Barbosa Medeiros e Tiago Morato Maciel, que mataram duas pessoas em São Vicente, alegando confronto armado. No entanto, a versão do MP sugere que as vítimas foram executadas, com evidências que indicam disparos sem defesa e câmeras corporais desligadas no momento da abordagem.
As investigações têm sido acompanhadas de perto por organizações da sociedade civil, que denunciam a falta de transparência e os excessos nas operações policiais. A família das vítimas expressou apoio à investigação e busca que os responsáveis sejam levados a julgamento. O caso segue em apuração, enquanto os advogados de defesa dos policiais ainda não se manifestaram oficialmente sobre as acusações.