Os juros futuros fecharam em baixa na segunda-feira, influenciados pela queda do dólar e a estabilidade das taxas dos Treasuries. A expectativa de inflação e a possível imposição de tarifas por parte dos Estados Unidos impactaram os mercados, mas a reação inicial foi atenuada ao longo do dia. Embora o anúncio de tarifas de importação de aço e alumínio tenha gerado tensão no início dos negócios, a retórica do presidente americano foi vista como parte de uma estratégia de negociação, o que reduziu o impacto no mercado de juros.
A curva de juros teve variações contenidas, com destaque para os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) para 2026, 2027 e 2029, que apresentaram leves quedas. Apesar disso, as expectativas de elevação da Selic continuam, especialmente após o comunicado do Copom sobre um aumento de 100 pontos na próxima reunião. O impacto das incertezas externas e o comportamento do dólar são fatores chave para as projeções, mas a evolução do ciclo de alta da taxa de juros ainda é incerta.
O cenário fiscal no Brasil permanece desafiador, com preocupações sobre o endividamento público e a demora na tramitação de medidas fiscais. O Boletim Focus trouxe uma nova deterioração nas expectativas de inflação, com ajustes para 2024 e 2025, que aumentaram ligeiramente. O impacto de possíveis mudanças nas políticas fiscais, como a reforma do Bolsa Família, também contribui para o cenário de incerteza, dificultando os esforços do Banco Central para controlar a inflação dentro da meta estabelecida.