Os juros futuros encerraram a terça-feira em queda, com destaque para a desvalorização global do dólar e o impacto da taxação de 25% dos EUA sobre as importações de aço e alumínio. A medida americana não causou grande efeito sobre os ativos brasileiros, que continuaram apresentando alívio nos prêmios de risco. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para 2026 caiu de 14,998% para 14,940%, e os juros mais longos também registraram redução. No entanto, o mercado ficou atento à postura do presidente americano, Donald Trump, que anunciou a taxação como uma medida de proteção ao setor industrial dos EUA, o que gerou temores de um aumento de inflação global.
Em relação aos dados locais, o IPCA de janeiro registrou alta de 0,16%, em linha com as estimativas do mercado, mas com divergências sobre a leitura qualitativa. Economistas apontaram que, embora o índice tenha ficado abaixo de dezembro, com menor variação de preços, ainda há pressões sobre os núcleos de inflação e serviços. A percepção do mercado é que o ciclo de alta da Selic deve seguir, com a taxa podendo se manter entre 14,75% e 15,25%, dependendo dos próximos movimentos econômicos. A valorização do câmbio foi vista como um fator importante para a redução das taxas de juros.
No campo político, uma pesquisa da AtlasIntel mostrou um cenário eleitoral competitivo para as eleições presidenciais de 2026, com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, demonstrando um desempenho superior ao ex-presidente Jair Bolsonaro em um possível segundo turno contra o atual presidente Lula. A pesquisa indicou uma ligeira vantagem para Lula, mas com a possibilidade de Tarcísio ultrapassá-lo em futuras sondagens. Além disso, a desaprovação do governo Lula segue em alta, com 51,4% da população demonstrando insatisfação.