As taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) apresentaram queda nesta terça-feira (11), após o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro ficar dentro das previsões, mas com núcleos de inflação e números de serviços superiores às expectativas. O IPCA subiu 0,16% no mês, o que foi abaixo dos 0,52% registrados em dezembro, mas ainda assim com uma variação de 4,56% em 12 meses. Esses resultados alinharam-se com as previsões dos economistas, porém, a abertura do índice revelou surpresas positivas, como o avanço de 0,86% nos serviços subjacentes.
O desempenho dos núcleos de inflação também foi melhor que o esperado, o que ajudou a aliviar a pressão sobre as taxas de juros. Apesar disso, alguns economistas alertaram que o número geral do IPCA ainda não pode ser considerado benigno. O recuo das taxas dos DIs foi influenciado, entre outros fatores, pela redução na pressão sobre a curva de juros observada após o leilão de títulos do Tesouro Nacional, que foi menor do que o da semana passada.
No cenário internacional, o dólar teve uma nova queda em relação ao real, mesmo com o aumento das tarifas sobre aço e alumínio dos Estados Unidos. No mercado interno, o debate sobre os próximos passos do Banco Central se intensifica, com expectativas de uma possível elevação da taxa Selic em março, mas com incertezas sobre o que ocorrerá nas reuniões seguintes do Comitê de Política Monetária (Copom). No exterior, os rendimentos dos Treasuries subiram devido às tensões comerciais e a indicação de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, de que não há pressa para cortar juros nos Estados Unidos.