O setor da construção civil enfrentará um ano mais desafiador em 2025, com a expectativa de uma redução na geração de empregos, comparado ao ano anterior. A previsão é de que a Selic permaneça alta, o que deverá afetar tanto a criação de novos empreendimentos imobiliários quanto a contratação de trabalhadores. Em 2024, o setor criou 113.860 vagas, cerca de 30% a menos do que em 2023, com destaque negativo para as obras de infraestrutura, que registraram o pior desempenho desde 2019.
Embora o setor da construção civil tenha mostrado um crescimento expressivo nos últimos anos, o cenário atual de juros elevados e a falta de profissionais qualificados contribuem para a desaceleração. A escassez de mão de obra é um dos principais desafios, agravado pela baixa oferta de profissionais especializados e pelas condições salariais, que não são atrativas em comparação com outras indústrias. Além disso, a construção de rodovias e obras públicas também apresenta resultados abaixo das expectativas, com uma possível melhora apenas em anos eleitorais.
Para 2025, as previsões apontam uma criação de 59 mil postos de trabalho, quase metade do que foi gerado em 2024. Embora o Índice de Confiança da Construção aponte uma tendência de crescimento, o setor enfrenta dificuldades estruturais que vão além da economia, como a falta de qualificação adequada e a resistência da nova geração a trabalhos braçais. O aumento das pressões salariais e as mudanças nas dinâmicas de trabalho também contribuem para o cenário desafiador da construção civil.