O julgamento de um ex-agente penitenciário, acusado de homicídio duplamente qualificado pela morte de um homem em julho de 2022, começou nesta terça-feira (11) em Curitiba. A vítima foi morta enquanto celebrava seu aniversário com amigos em Foz do Iguaçu, durante uma festa temática de um partido político. O réu foi preso em 2024 e cumpre prisão domiciliar devido a questões de saúde, com monitoramento eletrônico. Durante o julgamento, que deve durar até quinta-feira (13), testemunhas serão ouvidas, e as partes envolvidas devem ser ouvidas no dia seguinte.
A acusação sustenta que o réu agiu por motivo fútil, motivado por desentendimentos políticos, e colocou em risco a vida de outras pessoas ao disparar uma arma de fogo. A defesa, por sua vez, argumenta que o réu agiu em legítima defesa, pois a vítima estava armada. O caso gerou grande repercussão devido à motivação política envolvida, mas a defesa nega que o crime tenha sido de natureza política e busca a absolvição do réu.
Além do julgamento, um acordo judicial garantiu uma indenização de R$ 1,7 milhão à família da vítima. A quantia será paga pela União, considerando que o réu utilizou sua arma profissional para cometer o crime. A demissão do réu do cargo de agente penitenciário também foi formalizada por infrações disciplinares. O caso segue com intensos debates sobre a motivação e as circunstâncias que levaram ao trágico evento.