Um juiz dos Estados Unidos reestabeleceu nesta quarta-feira (12) o plano do governo de Donald Trump para a demissão voluntária de funcionários federais, após tê-lo suspenso na semana anterior. O programa oferece aos funcionários a oportunidade de se demitirem voluntariamente, recebendo oito meses de salário como compensação, com o objetivo de reduzir os gastos públicos. Embora os sindicatos tenham solicitado a suspensão do plano, alegando irregularidades, o juiz considerou que não havia base legal para questioná-lo e que o tribunal não tinha jurisdição sobre o caso.
De acordo com a Casa Branca, mais de 65 mil funcionários aceitaram a oferta de demissão voluntária. Os sindicatos, no entanto, continuam a contestar a legalidade do programa, argumentando que ele força os trabalhadores a tomar uma decisão sem informações adequadas, o que, segundo eles, é ilegal. A Federação Americana de Funcionários Governamentais (AFGE), que representa centenas de milhares de trabalhadores, considera a decisão um revés, mas afirma que a luta não acabou.
O presidente Trump tem defendido uma série de medidas para reduzir os gastos federais, incluindo o fechamento de agências e a redução do quadro de funcionários. Elon Musk, CEO de empresas como Tesla e SpaceX, foi designado para liderar os esforços de corte. A decisão judicial gerou críticas sobre a atuação de alguns juízes que bloquearam as medidas do governo, com membros da administração Trump acusando-os de agir politicamente, em vez de aplicar a lei de forma imparcial.