Um juiz federal dos Estados Unidos autorizou a continuidade de um programa de indenização proposto pela administração de Donald Trump para dezenas de milhares de servidores públicos. Cerca de 75 mil funcionários federais se inscreveram para o programa, que oferece salários até outubro sem a exigência de trabalho, apesar de alertas de sindicatos sobre a confiabilidade da proposta. Embora o programa tenha sido inicialmente contestado por sindicatos, o juiz determinou que os mesmos não tinham legitimidade legal para impedir sua implementação, permitindo que o processo seguisse sem mais delongas.
O programa foi introduzido como parte de um esforço maior para reduzir a força de trabalho civil dos EUA, que conta com aproximadamente 2,3 milhões de servidores. Além da indenização, Trump tem incentivado cortes de pessoal nas agências governamentais, incluindo a demissão de contratados temporários. O governo federal também recebeu instruções para preparar cortes de até 70% em algumas agências, o que gerou preocupações sobre o impacto na prestação de serviços essenciais e a estabilidade da força de trabalho.
Apesar da aprovação judicial, os sindicatos continuam contestando o programa e cogitam apelar da decisão. Eles argumentam que a medida é arbitrária e prejudica a eficácia dos serviços governamentais. Além disso, advogados alertam que a legislação orçamentária, que expira em março, pode tornar incerta a continuidade do pagamento dos salários prometidos, o que adiciona uma camada de instabilidade ao futuro do programa e à situação dos servidores públicos federais.